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Ex-secretário, grande crítico da corrupção policial, chama o secretário de segurança pública de SP de lixo

O ex-secretário estadual de Segurança Pública de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto - que agora candidata-se a deputado federal pelo PMDB - disparou na última quinta-feira (25), durante uma cerimônia da Rota (tropa de elite da PM de São Paulo), contra o atual secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, chamando-o de “lixo” e recusando-se a cumprimentá-lo. Ferreira Pinto é conhecido como um grande crítico da corrupção policial. As especulações sobre sua saída de Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, em 2012, giram em torno do seu posicionamento sobre o assunto. O fato é que este episódio, aliado ao recente escândalo de suposta corrupção envolvendo a cúpula da Polícia Militar do Rio de Janeiro, evidencia a crise no setor de segurança dos dois principais estados do país. Crise que expõe o cidadão ao risco e estimula a incredulidade em relação àquele que deveria ser um dos principais pilares da sociedade.

Especula-se que o discurso de Ferreira Pinto contra a corrupção dentro Polícia Civil estava criando um racha entre as corporações, já que ele é um ex-PM. Logo depois da sua saída da Secretaria de Administração Penitenciária (durante a qual chegou a criticar duramente a situação dos presídios brasileiros), e entrada na SSP, ele chegou a afastar 120 policiais por suspeitas de envolvimento com corrupção, extorsão e envolvimento com o crime organizado.

Ferreira Pinto deixou a Secretaria durante uma onda de violência na cidade de São Paulo, em 2012. No último ano, ele vem fazendo críticas constantes à política de segurança pública em São Paulo e à gestão de Geraldo Alckmin. Em uma carta publicada na imprensa em junho, ele chamou a gestão de Alckimin de frouxa. Ele também criticou publicamente a "falta de coerência" da PM paulista durante as manifestações. 

A crítica à gestão de São Paulo vem depois de uma série de denúncias contra a alta cúpula da Polícia Militar no Rio de Janeiro. No Rio, a investigação sobre um possível esquema de propina dentro do comando da PM e o silêncio do governo estadual abalaram as instituições militares. 

A Operação Amigos S/A, que investigou diversos policiais, especialmente da Zona Oeste do Rio, foi comandada por agentes da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública. Ela prendeu mais de 20 policiais, inclusive o ex-comandante do Comando de Operações Especiais (COE), coronel Alexandre Fontenelle. 

Um dos PMs presos nessa operação fez grave denúncias contra outros policiais em posto de comando. Na última sexta-feira (26), o Ministério Público do RJ abriu um procedimento de investigação criminal, atingindo os mais importantes cargos da polícia. A decisão de instaurar inquérito veio um dia depois de a Corregedoria-Geral Unificada da PM (CGU) não atender ao pedido dos promotores para a instauração de procedimento administrativo disciplinar e sindicância patrimonial contra a cúpula da instituição.

Serão investigados o comandante-geral, José Luís Castro Menezes, o chefe do Estado-Maior, Paulo Henrique Moraes, e o chefe do Estado-Maior Administrativo, Ricardo Coutinho Pacheco. (Do Jornal do Brasil)

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