ABr
Texto publicado por campanha de Dilma foi o primeiro
ataque contra Marina
Em texto
postado em sua página oficial no Facebook, a presidente Dilma
Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, afirmou que sua principal concorrente
ao Palácio do Planalto, Marina Silva (PSB), é “um grande ponto de interrogação
na política”. Elas estão numericamente empatadas na primeira colocação, com 34%
das intenções, segundo pesquisa do instituto Datafolha divulgada na última
sexta-feira (29).
No texto intitulado “Incoerência crônica”, Dilma
atacou a eliminação de trechos do programa de governo em que a coligação
encabeçada por Marina se comprometia a articular com o Congresso a aprovação de
propostas para a comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis,
transgêneros e transexuais).
“O texto [do programa], que antes dizia que
Marina defenderia que o casamento gay virasse lei, agora cita apenas a garantia
dos ‘direitos oriundos da união civil entre pessoas do mesmo sexo”. Evangélica
fervorosa, Marina já teve várias opiniões sobre o tema”, disse Dilma.
Dilma também atacou a defesa que Marina agora faz
de um plebiscito para decidir sobre a legalidade ou não do aborto. A petista
apontou ainda o imbróglio
envolvendo o uso do jatinho em que morreu o ex-governador de
Pernambuco Eduardo Campos e disse que o discurso de Marina é “vazio”.
As pesquisas indicam derrota de Dilma em eventual
segundo turno contra Marina. O texto publicado pela campanha da presidente foi o
primeiro ataque contra Marina por meio de canais oficiais. (Com o Congresso em Foco)
Veja a íntegra do texto publicado na rede
social:
INCOERÊNCIA CRÔNICA
A candidata à Presidência da República pelo
PSB, Marina Silva, é um grande ponto de interrogação na política.
Ontem (29), Marina Silva divulgou seu plano
de governo. Não demorou muito para que as controvérsias das propostas da
candidata viessem à tona.
Tanto que, hoje (30), voltou atrás e
substituiu o trecho sobre os direitos LGBT (lésbicas, gays, bissexuais,
travestis e transsexuais) que integrava o documento.
O texto, que antes dizia que Marina iria
defender a que o casamento gay virasse lei, agora cita apenas a garantia dos
“direitos oriundos da união civil entre pessoas do mesmo sexo”.
Evangélica fervorosa, Marina já teve várias
opiniões sobre o tema. Em 2010, era contrária e, em 2013, chegou a defender as
ações de Marco Feliciano (PSC-SP), famoso pelas críticas homofóbicas.
Outro assunto que a candidata sempre evita
comentar é a questão do aborto. Antes condenava com veemência a legalização.
Hoje, segundo ela, a decisão deve ser tomada após um plebiscito.
Além disso, Marina se utiliza do discurso de
fazer uma “nova política” para justificar as velhas práticas usadas por ela e
seu partido PSB.
O uso do avião que vitimou Eduardo Campos e a
desculpa de que “não teve interesse em questionar a procedência do avião”,
adquirido por meio de empresas fantasmas, deixa claro o vazio deste
discurso.
Comentários
Postar um comentário