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PF faz operação para desarticular quadrilha no Ministério do Trabalho em Rondônia

Investigação conjunta entre Polícia Federal e CGU busca desarticular quadrilha, composta por agentes públicos, particulares e empresários

A Controladoria-Geral da União (CGU) participa, hoje (28), da “Operação Trama", deflagrada pela manhã, em Porto Velho, capital de Rondônia. Ela é fruto de investigação iniciada pela CGU que demonstrou a ocorrência de irregularidades no recebimento de diárias por servidores da Superintendência do Ministério do Trabalho e Emprego em Rondônia (SRTE/RO).

O trabalho revelou que os servidores investigados inseriam dados no Sistema de Concessão de Diárias e Passagens (SCDP) que não correspondiam a deslocamentos reais. Para completar o esquema, os envolvidos elaboravam documentos – como memorandos, relatórios de viagem e controle de veículos fictícios – necessários para oficializar a viagem inexistente.

Remetidos os resultados da auditoria à Polícia Federal (PF), as investigações foram aprofundadas, e a PF obteve autorização judicial para as medidas levadas a cabo no dia de hoje. Sessenta policiais da Superintendência de Polícia Federal no Estado de Rondônia, em conjunto com dez auditores da Controladoria-Geral da União (CGU) e, ainda, com apoio do Ministério Público Federal, participam da operação que busca desarticular a quadrilha, instalada na SRTE/RO.

A quadrilha, composta por agentes públicos, particulares e empresários, cometiam irregularidades que envolviam, além dos pagamentos de diárias a servidores sem o correspondente deslocamento a serviço, compras fraudulentas realizadas com cartões corporativos do Governo Federal (CPGF).

A investigação conjunta demonstrou que os servidores que deveriam estar em viagem, permaneciam em seus locais de trabalho, ou, até mesmo, iam para outros destinos, e, ao final do período, elaboravam relatórios falsos a fim de justificar o recebimento das diárias. E seu aprofundamento demonstrou que os tentáculos da associação criminosa eram mais abrangentes do que se imaginava inicialmente, pois o grupo também desviava dinheiro público com o uso do Cartão de Pagamento do Governo Federal. As compras realizadas com o CPGF possuíam valores redondos e bem acima do limite permitido pela legislação vigente, além de terem sido feitas em estabelecimentos comerciais desconhecidos, de localização duvidosa e com atividades econômicas não condizentes com os bens e serviços contratados.

De posse dos dados levantados no decorrer da investigação, a autoridade judicial determinou o cumprimento de seis prisões temporárias, seis suspensões de funções públicas de servidores do Ministério do Trabalho (da Superintendência em Rondônia), nove conduções coercitivas e dez cautelares de busca e apreensão em residências, nas empresas dos envolvidos, todas em Porto Velho, e na própria STRE/RO.
Assessoria de Comunicação Social
  da CGU


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