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Corrupção é um exercício matemático sem resultados visíveis

Este é o Estado; incipiente da corrupção levada ao tanque sem pitadas alquimistas de sal grosso, fundindo a permissiva avalanche lacaia, instaurada como segmento moral dos tempos soturnos. Mas, num tempo de secura vinda pelo ar, Maquiavel se constrói na estrutura política mesurada na guerra prática, com drible elegante, acenado; como um marginal tão somente capaz de levantar a esperteza desapegada a lei que rege todos. 

Que baixeza há porventura, em conclamar reação sobre tal fator “cego” postada por esta prática pecaminosa, já dita nas páginas da Bíblia de Vosso Deus, antenando substancialmente o erro humano: “Não roubais”? Será numa moratória costurada pelo signo potente dos discursos empostados no púlpito do Congresso, a designar um objeto direto para secar os pulhas, vampiros pela grana do brasileiro? Será que ser corrupto é o regimento, premissa para honestidade nestes dias?

Portanto, se há alguma vasta questão inóspita capaz de corroer os fígados parrudos; casando práticas normativas onde jamais varrem da democracia as pajelanças envergadas pelo verbo corromper, por vez, faz muito mais reacionárias as vozes decrépitas insistidas em existirem na tutela do cajado dos poderosos caciques de bigode pintado: acaju.

As cordas vocais vibrantes em cujas façanhas em utilizarem de quaisquer posições, em Brasília, para terem enriquecimentos nas brenhas mentirosas da “honestidade”, denotam o viés corruptível destes “Zaqueus” com as golas engomadas; em franca gradação que joga para escanteio esta população civil. E o grito pedindo fim da ladroagem sem pintura alguma da vergonha na cara lavada, é o que lhes restam como voto facultativo sem valor na própria penúria pós-ofício em exímio dever indissiocrático.

Corrupção é vosso pão amassado de cada dia. Corrupção é um exercício matemático sem resultados visíveis. É uma psicologia arrematada nos escaninhos letais das malandragens, jorradas a poluição-sangria, putrefata em conjunto a pandemia social; levada aos pulmões para matar os costumes patrocinados por bondade, que estendem as mãos, sugere algo sem haver interesse múltiplo, apenas afago, sem punhal e faca.

A demagógica arte de surrupiar implica em nomeações, verbos regozijados clamando por todos os tipos de santos, filmagens-flagrantes com graninhas enfiadas em várias partes das vestimentas, lágrimas derramadas como se ali estivesse a metáfora da limpeza do ser que não tem nada a ver com o que há por aí. Disso se fez o resultado cultural aplicado no DNA do político brasileiro. Passar a perna. Derrubar quem quer que esteja com fome em atrapalhá-lo na concepção do golpe; genial até que se descubram autores esbodegados numa nitroglicerina sem complacência.

Por Gustavo Werneck, jornalista

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