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O fundo de pensão dos empregados dos Correios gera prejuízo e quem paga são os próprios trabalhadores e a sociedade brasileira

O Plano de Previdência dos empregados dos Correios (Postalis) não tem tido muito sucesso em suas aplicações dos recursos dos trabalhadores da empresa e de toda a sociedade brasileira. Como os Correios participam com 50% das receitas do Postalis, parte dos resultados negativos das aplicações que geram prejuízos recai sobre o povo brasileiro, independentemente de ser empregado ou dos Correios.

Nos últimos 2 anos (2011 e 2012) o plano BD do Postalis gerou um déficit de quase R$ 1 bilhão, sendo que, deste montante, quase R$ 700 milhões decorrentes de insucessos nas aplicações do Instituto.

É importante destacar que neste mesmo período, segundo informações publicadas pela ABRAPP, as aplicações dos fundos de pensão renderam em média 26,7% (9,8% em 2011 e 15,37% em 2012), ao passo que os investimentos do PBD do Postalis renderam apenas 11,8% (4,39% em 2011 e 7,12% em 2012), percentual insuficiente para, sequer, repor as perdas inflacionárias do período que, à luz do INPC, foram de 12,6% (6,07 em 2011 e 6,19 em 2012). Não menos trágica é a situação do Postalprev que rendeu no referido biênio parcos 10,8% (12,67% em 2011 e -1,63% em 2012).

A Auditoria presencial da PREVIC, em 2012, resultou em 12 Autos de Infração apresentados ao Postalis que foram contestados pelos Autuados e até a presente data não houve decisão da Diretoria Colegiada da PREVIC.

No dia 16 de abril de 2013, aconteceu uma reunião a portas fechadas na Sede dos CORREIOS em São Paulo, momento em que foi informado que o DEFICIT do POSTALIS chegou a 1 bilhão de reais, e déficit do POSTAL PREV que foi criado há 5 anos já está na casa de R$ 300.000,00. Seria isto causado por pura incompetência ou há mais coisas escondidas?

Chegou-se a espalhar que Luiz Gushiken, conhecido pela influência em fundos de pensão, seria "padrinho" do banco BVA. É a empresa do Gushiken, Globalprev que dá as cartas no Postalis. Depois de o BVA crescer 980% em apenas três anos é liquidado pelo Banco Central e o Postalis anuncia que tinha investimentos no BVA. Não chamaria isso de coincidência, mas de azar, azar nosso, dos participantes. Todo o mercado já anunciava que o BVA era mico, menos para o Postalis, é mesmo muito azar... o nosso.

Para evitar a quebra total e o escândalo (mais um neste Brasil), foi imposta uma cobrança chamada de contribuição extraordinária na casa de 3,94% de cada empregado, que é descontada na fonte e repassada ao POSTALIS, para tapar o rombo.

Na reunião que aconteceu no dia 16/04/2013, foi dito que as investigações sobre as aplicações no exterior estão sobre segredo de justiça e não poderiam ser divulgadas. Da mesma forma foi questionado sobre as aplicações, sobre as informações atuariais, sobre as ações e aplicações, enfim,

sobre tudo que não é divulgado para os maiores interessados e que, por definição, seria obrigação da Diretoria fazê-lo. As informações simplesmente somem, assim como o dinheiro que depositamos no POSTALIS.
 
É imprescindível apurar o que ocorre nos subterrâneos do Fundo de Pensão dos Correios, pois a Diretoria ao ser questionada nunca sabe de nada, não sabe informar, diz que não sabia e que desconhece os fatos.

É preciso responsabilizar essas pessoas, que haja o inclusive confisco de bens daqueles que foram os responsáveis por tamanhos problemas, de forma que o patrimônio financeiro seja restabelecido com o mínimo possível de prejuízos.

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