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É chocante ver os autores das mortes do índio Galdino e da atriz Daniella Perez soltos e com boa vida


O respeito que as pessoas possuem pelo ser humano em muitas situações é totalmente desprezado notadamente quando a outra pessoa não é a própria pessoa ou algum parente muito próximo. Essa falta de respeito pode ser tão grande que pode levar a desfechos extremamente graves. Em muitos desses casos chega-se ao nível mais grave possível de maldade que um ser humano pode cometer com outro ser humano: tira-lhe a vida. São milhares de pessoas que perdem a vida no Brasil pelas mãos de outras pessoas. Roubam-lhes a coisa mais importante que qualquer ser vivo pode ter, por mais rico que seja: A vida. O que nos deixa mais tristes e às vezes transtornados é que quase todas as pessoas que cometem assassinatos estão soltos ou podem ficar nessa condição por um longo período da vida delas.

Em uma reportagem dos brilhantes jornalistas da revista Isto É Michel Alecrim, Wilson Aquino e Josie Jeronimo são mostrados casos que ficaram muito famosos em todo o Brasil nos quais pessoas mataram covardemente pessoas totalmente indefesas, mas que agora, após passarem algum tempo na cadeia, estão em liberdade certamente zombando da cara da sociedade brasileira. Aqui, irei mostrar dois casos retratados pelos jornalistas na revista. Foram dois casos assassinatos que revoltaram muitas pessoas de bem em nosso país cujos autores estão atualmente soltos e levando uma vida como qualquer pessoa. Aliás, estão vivendo muito melhor do que a maioria absoluta dos brasileiros.

O primeiro caso é o que envolve o assassinato covarde da atriz Daniella Perez, então com 22 anos, crime que chocou o País. Os autores desse crime foram Paula Thomaz, hoje com 39 anos, e Guilherme de Pádua Thomaz, com 43 anos. Atualmente, Paula usa o nome de Paula Nogueira Peixoto está com 39 anos de idade e é casada com o advogado Sérgio Ricardo Rodrigues Peixoto, com quem tem dois filhos. Daniella foi morta com em dezembro de 1992 com 18 tesouradas. 

Filha da autora de novelas Glória Perez, Daniella era muito querida dos brasileiros. Paula agora mora em um apartamento de 180 metros quadrados, com quatro quartos e uma suíte, localizado a duas quadras da praia de Copacabana e a quatro quarteirões da praia de Ipanema. Frequenta o sofisticado shopping Cassino Atlântico, em Copacabana. O ex-marido dela e coautor do crime está casado com uma mulher de 28 anos e vive em total liberdade. 

O outro caso extremamente revoltante foi o assassinato do índio pataxó Galdino Jesus dos Santos. Esse crime ocorreu em Brasília há 15 anos e chocou o país pela crueldade, frieza e covardia demonstradas pelos assassinos. Hoje estão com idade em torno dos 35 anos e estão livres e soltos como se nada tivesse acontecido. Eron Chaves, Max Rogério Alves, Antônio Novély e Tomas Oliveira são os nomes dos indivíduos maiores de idade que atearam fogo em Galdino enquanto este dormia às três horas da madrugada do dia 19 de abril de 1997 na Avenida W3 na capital federal. O índio tinha ido à capital para participar dos festejos do dia do índio que iriam iniciar durante o dia. Esses bandidos juntamente com Gutemberg Almeida Júnior, na época menor de idade acaram com a vida de um pobre índio na pior forma possível: queimado. 

Os quatro adultos foram condenados a 14 anos de prisão e o menor a um regime de reclusão de apena um ano. Os de maiores ficaram seis anos em regime fechado e dois em regime semiaberto. Desde 2004 ficaram solto e desde 2010 estão totalmente livres. Todos eles estão vivendo normalmente como nada tivesse ocorrido. Eron Chaves é advogado.

 Max Rogério Alves, enteado de um ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é advogado e é casado com uma empresária, tem um filho de 10 meses. Antônio Novély, filho de um juiz federal e apontado como o primeiro a atear fogo em Galdino, é fisioterapeuta e ganha R$ 3,5 mil como servidor concursado da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. Recém-casado, ele aumenta a renda familiar trabalhando numa clínica de Pilates. Tomas Oliveira trabalha nos Correios como concursado na área administrativa da estatal em Brasília. Já o menor da época do crime, Gutemberg Almeida Júnior, é terceirizado do Senado e presta serviço de manutenção de equipamentos eletrônicos.

Esses dois casos tiveram repercussão muito grande e também tinham em comum a covardia empregada pelos seus autores. O que nos deixa chocados é perceber que hoje os autores desses atos terríveis vivem uma vida normal logo após cumprirem penas muito brandas para os crimes que cometeram. No caso do menor nos chama mais a atenção, apesar de terem participado ativamente do crime foi condenado a apenas um ano de reclusão. Infelizmente, essas duas histórias mostram que o crime compensa no Brasil. Praticaram crimes extremamente graves e hoje vivem tranquilamente, talvez até rindo da cara dos brasileiros que gostam da vida e que amam a vida.

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