É chocante ver os autores das mortes do índio Galdino e da atriz Daniella Perez soltos e com boa vida
O respeito que as pessoas possuem pelo ser humano
em muitas situações é totalmente desprezado notadamente quando a outra pessoa
não é a própria pessoa ou algum parente muito próximo. Essa falta de respeito
pode ser tão grande que pode levar a desfechos extremamente graves. Em muitos
desses casos chega-se ao nível mais grave possível de maldade que um ser humano
pode cometer com outro ser humano: tira-lhe a vida. São milhares de pessoas que
perdem a vida no Brasil pelas mãos de outras pessoas. Roubam-lhes a coisa mais
importante que qualquer ser vivo pode ter, por mais rico que seja: A vida. O
que nos deixa mais tristes e às vezes transtornados é que quase todas as
pessoas que cometem assassinatos estão soltos ou podem ficar nessa condição por
um longo período da vida delas.
Em uma
reportagem dos brilhantes jornalistas da revista Isto É Michel Alecrim, Wilson
Aquino e Josie Jeronimo são mostrados casos que ficaram muito famosos em todo o
Brasil nos quais pessoas mataram covardemente pessoas totalmente indefesas, mas
que agora, após passarem algum tempo na cadeia, estão em liberdade certamente
zombando da cara da sociedade brasileira. Aqui, irei mostrar dois casos
retratados pelos jornalistas na revista. Foram dois casos assassinatos que
revoltaram muitas pessoas de bem em nosso país cujos autores estão atualmente
soltos e levando uma vida como qualquer pessoa. Aliás, estão vivendo muito
melhor do que a maioria absoluta dos brasileiros.

Filha da autora de novelas Glória Perez, Daniella
era muito querida dos brasileiros. Paula agora mora em um apartamento de 180
metros quadrados, com quatro quartos e uma suíte, localizado a duas quadras da
praia de Copacabana e a quatro quarteirões da praia de Ipanema. Frequenta o
sofisticado shopping Cassino Atlântico, em Copacabana. O ex-marido dela e coautor
do crime está casado com uma mulher de 28 anos e vive em total liberdade.
O outro caso extremamente revoltante foi o
assassinato do índio pataxó Galdino Jesus dos Santos. Esse crime ocorreu em
Brasília há 15 anos e chocou o país pela crueldade, frieza e covardia
demonstradas pelos assassinos. Hoje estão com idade em torno dos 35 anos e
estão livres e soltos como se nada tivesse acontecido. Eron Chaves, Max Rogério
Alves, Antônio Novély e Tomas Oliveira são os nomes dos indivíduos maiores de
idade que atearam fogo em Galdino enquanto este dormia às três horas da
madrugada do dia 19 de abril de 1997 na Avenida W3 na capital federal. O índio
tinha ido à capital para participar dos festejos do dia do índio que iriam
iniciar durante o dia. Esses bandidos juntamente com Gutemberg Almeida Júnior,
na época menor de idade acaram com a vida de um pobre índio na pior forma
possível: queimado.
Os quatro adultos foram condenados a 14 anos de
prisão e o menor a um regime de reclusão de apena um ano. Os de maiores ficaram
seis anos em regime fechado e dois em regime semiaberto. Desde 2004 ficaram
solto e desde 2010 estão totalmente livres. Todos eles estão vivendo
normalmente como nada tivesse ocorrido. Eron Chaves é advogado.
Max Rogério
Alves, enteado de um ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é
advogado e é casado com uma empresária, tem um filho de 10 meses. Antônio
Novély, filho de um juiz federal e apontado como o primeiro a atear fogo em
Galdino, é fisioterapeuta e ganha R$ 3,5 mil como servidor concursado da
Secretaria de Saúde do Distrito Federal. Recém-casado, ele aumenta a renda
familiar trabalhando numa clínica de Pilates. Tomas Oliveira trabalha nos
Correios como concursado na área administrativa da estatal em Brasília. Já o
menor da época do crime, Gutemberg Almeida Júnior, é terceirizado do Senado e
presta serviço de manutenção de equipamentos eletrônicos.
Esses dois casos tiveram repercussão muito grande e
também tinham em comum a covardia empregada pelos seus autores. O que nos deixa
chocados é perceber que hoje os autores desses atos terríveis vivem uma vida
normal logo após cumprirem penas muito brandas para os crimes que cometeram. No
caso do menor nos chama mais a atenção, apesar de terem participado ativamente
do crime foi condenado a apenas um ano de reclusão. Infelizmente, essas duas
histórias mostram que o crime compensa no Brasil. Praticaram crimes
extremamente graves e hoje vivem tranquilamente, talvez até rindo da cara dos
brasileiros que gostam da vida e que amam a vida.
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