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Os investimentos dos setores públicos e privados são fundamentais para o crescimento econômico do Brasil

O fator principal que leva uma determinada economia crescer é a taxa de investimentos. A magnitude das inversões tanto privadas quanto públicas é fundamental para que o crescimento econômico seja sustentável. Aliás, caso não exista máquinas, equipamentos e outros meios de produção ociosos não é possível crescer sem investimentos prévios. Somente quando existe capacidade ociosa é que se consegue crescer sem que se invista em capital fixo que são máquinas, equipamentos, prédios, estradas, portos, aeroportos e outros tipos que juntamente com o trabalho fornecido pelas pessoas irão gerar produtos e serviços.

É muito importante a formação profissional das pessoas, elevando o capital humano, mas igualmente importante é a formação de capital físico. Desde há algum tempo se verifica aumento significativo na quantidade de cursos e número de pessoas que são formadas todos os anos tanto em nível médio quanto em curso técnico quanto em faculdades, embora a qualidade esteja muito aquém da desejada. O mesmo não se verifica com os investimentos em capital físico.  Infelizmente, desde o inicio dos anos 1990 que o Brasil tem investido muito pouco em relação ao PIB, muito abaixo do que ocorria nos anos 1970 e 1980, por exemplo. É necessário que as taxas de investimentos sejam aumentadas a um nível muito maior do verificado atualmente para podermos vislumbrar crescimento econômico que seja suficiente para obtermos a importância que tanto esperamos ter na economia mundial.

Ao mesmo tempo, com taxas de crescimento econômico maior do que as atuais, podemos ter um padrão de vida bastante superior ao que se verifica atualmente. Desde 1990 as taxas de investimentos no Brasil estão abaixo de 20% do PIB, nesses mais de vinte anos tem ficado muito abaixo dos vinte anos anteriores.  Por exemplo, em 1970 a taxa de investimento do setor privado foi de 19% do PIB e do setor público de 6%. Em 1975 a do setor privado foi de 26% e a do setor público de 5%; em 1980 o setor privado investiu 26% do PIB e o setor público investiu 3%; em 1986 (ano da implantação do Plano Cruzado) o setor privado investiu 19% do PIB e o setor público, 3,5%.

Os investimentos correspondentes a mais de 30% do PIB verificados em meados da década de 1970 ficaram bem distantes dos que ocorreram nos últimos anos. Em 2000, os investimentos do setor privado foram de 17% do PIB e do setor público, de 2%; em 2004 os do setor privado foram de 14,5% e do setor público, de 2%. De 2006 até agora temos tido um aumento razoável dos investimentos do setor público, mas muito aquém dos percentuais em relação ao PIB obtidos há trinta anos, além disso, o investimento do setor público tem apresentado muitas variações de ano para ano, notadamente aumentando em época de eleições e diminuindo em época sem eleição. Os investimentos do setor privado também têm ficado muito baixo.

É chegado o momento para tanto o setor público quanto o setor privado elevarem os seus investimentos para que a economia brasileira possa crescer de forma sustentada, com geração de renda, riqueza e empregos para o país e para os brasileiros. O setor público precisa aumentar os seus investimentos em infraestrutura tais como portos, aeroportos, rodovias, pontes, viadutos, escolas, hospitais, entre outros e possibilitar que o setor privado tenha condições institucionais de investir muito mais do que está investindo atualmente. O setor privado deve ter mais coragem de enfrentar o futuro e aumentar as suas inversões para que possa aumentar o seu faturamento e o lucro. A junção de tudo isso elevará as condições de todos. Tanto o governo, quanto as empresas e a população estarão em condições muito melhores com mais investimentos do setor privados e do setor público.

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