Pular para o conteúdo principal

O Brasil necessita de um PAC sério e muito mais


Não resta nenhuma dúvida de que o nosso país está muito necessitando de investimentos em infraestrutura tanto para proporcionar melhor qualidade de vida para as pessoas quanto para poder viabilizar a sustentação do crescimento da economia brasileira. Fazer isso é imperativo e necessita que haja uma forte interação entre o setor privado e o setor público no sentido de se consolidar financeira, administrativa e tecnicamente meios que levem à transformação da estrutura em todo o território nacional. Governo e empresas privadas devem se unir para a realização de obras dos mais diversos tipos e  que posam levar o Brasil a ter um novo perfil em termos de infraestrutura.

No segundo governo LULA, foi implantado um programa que tinha como objetivo mudar a cara do Brasil corrigindo deficiências em termos estruturais existentes nos mais diversos setores da nossa economia. O PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) foi lançado com toda pompa, mas os seus resultados até o momento foram aquém do que se esperava e do que o país necessita. Diversos tipos de problemas levaram a atrasos nas obras, entre os quais pode-se citar: problemas ambientais, licitações realizadas de forma não adequada, falta de dimensionamento do que contratar, etc.  No ano de 2010 foi lançado o PAC 2 que seria, na verdade, uma continuidade do primeiro PAC.

Esse novo programa é bem ambicioso, pretende investir R$ 955 bilhões nos anos de 2011 até 2014 em transportes, geração de energia, moradias, saneamento básico, mobilidade urbana, recursos hídricos (notadamente em áreas do semi-árido nordestino) e Unidades Básicas de Saúde (UBS). Mas, segundo avaliação do próprio governo, a conclusão de algumas grandes obras desse programa deverá ficar para depois de 2014. De acordo com a previsão, no período de 2011-2014 serão concluídas obras no valor de R$ 708 bilhões, correspondendo a 76% do programa. Os outros 26%, correspondendo a R$ 247 bilhões, serão executados somente após o prazo final estipulado quando do lançamento do PAC 2. Entre as obras cuja conclusão ficará para depois do prazo previsto estão as do porte da Usina de Belo Monte e a ferrovia de integração Centro-Oeste.

Ao término de todas as obras do PAC 2, certamente o Brasil estará em condições muito melhores do que está atualmente. Entretanto, as deficiências em termos estruturais são tamanhas que nem mesmo um programa dessa magnitude pode levar a uma condição considerada ótima, irá melhorar significativamente, mas ainda restarão muito a ser feito. Rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, moradias, saneamento, centros de saúde, escolas de qualidade, entre outros, são os grandes gargalos da economia brasileira. O desafio é muito grande, maior do que o valor traçado pelo governo para a conclusão do segundo PAC. É preciso envolver mais a iniciativa privada nesse programa que tem que ser permanente. Tem que sempre existir um programa de investimentos que objetive zerar todas as deficiências da economia brasileira. Tem que haver um pacto pela formação sistemática de capital físico e humano e uma sólida base estrutural que suportem taxas de crescimento da economia mais altas sem que haja a necessidade de travar a pujança econômica por causa da inflação. Precisamos crescer muito para gerar muitos empregos e oportunidades para todos os brasileiros.

Comentários

  1. Francisco,

    Estes planos lançados pelo governo Lula, sem dúvida, vai mexer ou melhorar um pouco as condições de vida do brasileiro.
    Você cita União dos empresários: certo?
    Alguma vez você viu no Brasil algum movimento neste sentido?
    Se não tiver recompensa, se não houver um retorno ( dinheiro ), eles jamais se unirão.
    E acontece que ficará nas mãos do Governo Federal mesmo, e depois ficarão cobrando os resultados com aquela demagogia que lhes é peculiar.

    João Bosco

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Colunista do Globo diz que Bolsonaro tentará golpe violento em 7 de setembro. Alguém duvida?

Em sua coluna publicada neste sábado (11) no  jornal O Globo , Ascânio Seleme afirma que, "se as pesquisas continuarem mostrando que o crescimento de Lula se consolida, aumentando a possibilidade de vitória já no primeiro turno eleitoral, Jair Bolsonaro vai antecipar sua tentativa de golpe para o dia 7 de setembro".  I nscreva-se no Canal  Francisco Castro Política e Econom ia "Será uma nova setembrada, como a do ano passado, mas desta vez com mais violência e sem freios. Não tenha dúvida de que o presidente do Brasil vai incentivar a invasão do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral. De maneira mais clara e direta do que em 2021. Mas, desde já é bom que ele saiba que não vai dar certo. Pior. Além de errado, vai significar o fim de sua carreira política e muito provavelmente o seu encarceramento", afirmou Seleme.  O colunista lembrou que, "em 7 de setembro do ano passado, Bolsonaro chamou o ministro Alexandre de Moraes de canalha, disse que n...

Tiraram a Dilma e o Brasil ficou sem direitos e sem soberania

Por Gleissi Hoffimann, no 247 Apenas um ano após o afastamento definitivo da presidenta Dilma pelo Senado, o Brasil está num processo acelerado de destruição em todos os níveis. Nunca se destruiu tanto em tão pouco tempo. As primeiras vítimas foram a democracia e o sistema de representação. O golpe continuado, que se iniciou logo após as eleições de 2014, teve como primeiro alvo o voto popular, base de qualquer democracia e fonte de legitimidade do sistema político de representação. Não bastasse, os derrotados imediatamente questionaram um dos sistemas de votação mais modernos e seguros do mundo, alegando, de forma irresponsável, “só para encher o saco”, como afirmou Aécio Neves, a ocorrência de supostas fraudes. Depois, questionaram, sem nenhuma evidência empírica, as contas da presidenta eleita. Não faltaram aqueles que afirmaram que haviam perdido as eleições para uma “organização criminosa”. Essa grande ofensiva contra o voto popular, somada aos efeitos deletérios de ...

Pesquisa Vox Populi mostra o Haddad na liderança com 22% das intenções de votos

Pesquisa CUT/Vox Populi divulgada nesta quinta (13) indica: Fernando Haddad já assume a liderança da corrida presidencial, com 22% de intenção de votos. Bolsonaro tem 18%, Ciro registra 10%, Marina Silva tem 5%, Alckmin tem 4%. Brancos e nulos somam 21%. O Vox Populi ouviu 2 mil eleitores em 121 municípios entre 7 e 11 de setembro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para cima ou para baixo. O índice de confiança chega a 95%. O nome de Haddad foi apresentado aos eleitores com a informação de que é apoiado por Lula. Veja no quadro: Um pouco mais da metade dos entrevistados (53%) reconhece Haddad como o candidato do ex-presidente. O petista, confirmado na terça-feira 11 como o cabeça de chapa na coligação com o PCdoB, também é o menos conhecido entre os postulantes a ocupar o Palácio do Planalto: 42% informam saber de quem se trata e outros 37% afirmam conhece-lo só de nome. O petista chega a 31% no Nordeste e tem seu pior desempenho na região Sul (11%), me...