
A economia brasileira tem passado por alguns problemas nos últimos tempos, notadamente referente ao aumento de preços. A inflação é uma tragédia para as pessoas, principalmente para os mais pobres, motivo pelo qual deve ser evitada utilizando-se de métodos apropriados que a debele, mas que não afete de forma negativa as atividades econômicas.
A crise econômica que deixou os Estados Unidos, o Japão e os países da Europa em situação muito crítica nos obrigou a implantar políticas fiscais e monetárias compatíveis com a recuperação da crise financeira mundial. Entretanto, se comparado com a magnitude das políticas efetivadas nos países centrais, as nossas ações tiveram efeitos bem reduzidos em termos das finanças públicas. No Brasil, além dos valores envolvidos em termos do PIB serem bem baixos, as políticas de incentivos foram por um período bem curto, nas maioria dos casos por menos de um ano. Ao mesmo tempo em que apresentaram resultados muito bons em termos de crescimento da economia.
Nos países centrais não, além dos valores envolvidos serem relativamente muito maiores, a dependência de muitas empresas à ajuda do governo foram muito maior e por muito mais tempo. Muitas empresas ainda estão precisando da ajuda governamental. A dívida pública dos Estados Unidos está em praticamente 100,00% do PIB, com tendência de crescimento. Há três anos, a relação dívida pública bruta nos Estados Unidos era de 62%. A expectativa é que em quatro anos esse percentual chegue a 110%. Atualmente, a dívida pública norte-americana está em torno de ES$ 14,5 trilhões.
A situação dos países da Europa e do Japão é ainda pior, visto que os Estados Unidos ainda possuem o dólar que é aceito em quase todo mundo possibilitando que esse país se financie, pelo menos em parte, com a emissão de sua moeda. Embora isso já esteja ocorrendo, é limitado e tem efeitos colaterais como a diminuição do valor do dólar perante outras moedas, os outros países não possuem esse mecanismo. Existem países na Europa que estão à beira da falência, com a dívida pública muito alta, com falta de liquidez e baixa credibilidade.
Para completar o quadro, está ocorrendo o problema sério das revoltas nas ditaduras do oriente médio e da área da África produtora de petróleo. Nesses países com a instabilidade implantadas por conta da queda ou da iminência de queda de seus mandatários, elevou sensivelmente os preços do petróleo para patamares bastante significativos. O aumento somente não está sendo maior em razão da letargia nas taxas de crescimento dos principais paises do mundo, exceto a China e Índia.
Com todos esses problemas que se alastram na economia mundial, o Brasil pode até se sentir em situação privilegiada. A sua taxa de crescimento está sendo estimada em torno da metade da do ano passado e seu déficit público está em torno de 2,5% do PIB, enquanto que de outros países, como o Estados Unidos, está em 10%. O que temos que nos preocupar é com a inflação que este ano deve ficar em torno de 6,5%, considerada alta, visto que a meta do governo é de 4,5%.
A política que o Banco Central do Brasil está praticando, embora seja a utilizada desde há bastante tempo, pode levar o nosso país a ter uma recessão, com queda na economia, nos lucros e no emprego. Como a grande parte da inflação existente em nosso país atualmente é proveniente de preços internacionais e de preços administrados, para que o aumento nos juros básicos (o principal mecanismo utilizado pelo Banco Central no combate à inflação) afete, de fato, as taxas de inflação será necessária uma queda significativa na economia. Eu não acredito que os dirigentes da autoridade monetária brasileira irão por esse caminho. O momento é de crescimento com responsabilidade, tendo como maior objetivo o bem estar do povo brasileiro.
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