
A economia é fundamental para definir o bem estar das pessoas, para gerar renda e emprego, para elevar o progresso das pessoas, das empresas e dos países. Enfim, a economia deve ser levada em conta em muitos aspectos das vidas das pessoas e das instituições porque é a essência da geração de recursos necessários para a continuidade da vida de todos com a mesma aparência que conhecemos atualmente. As vidas das pessoas sem as empresas, bancos, governos e outras instituições beirariam ao barbarismo. Todas as pessoas fazem as contas no final do mês ou do ano de quanto ganharam e muitas vezes fazem comparação com o ano anterior para verificar se ganharam mais ou ganharam menos. O mesmo ocorre com as empresas, governos, instituições em geral e países.
Como faz sempre, nos últimos dias Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os números da economia brasileira referentes ao ano de 2010. Graças aos esforços de muitas pessoas, a nossa economia logrou fechar as contas com forte crescimento, quase igual aos verificados na China e na índia. O crescimento da economia brasileira em 2010 foi de 7,5%. Esse resultado foi proporcionado pelo crescimento de 6,5% na agropecuária, 10,1% na indústria e de 5,4% nos serviços. O valor total do PIB brasileiro foi de R$ 3,675 trilhões.
No setor industrial, as maiores taxas de crescimento foram na extração mineral que cresceu 15,7%, construção civil que cresceu 11,6% e na indústria de transformação que aumentou 9,7%. No setor agropecuário, os maiores aumentos foram na produção de soja que cresceu 20,2%, trigo com aumento de 20,1% e café com aumento de 17,6%. No setor de serviços, que foi o setor que menos cresceu na economia brasileira em 2010. Mas, mesmo assim, teve um aumento substancial. As maiores taxas foram verificadas nos serviços de intermediações financeiras, 10,6%, e setor de transporte, armazenagem e correio teve um aumento de 8,9%.
A economia brasileira fechou o ano de 2010, pela ótica do valor adicionado, com os seguintes números: Agropecuária adicionou R$ 180,831 bilhões (4,92% do PIB), a indústria R$ 841,024 bilhões (22,89% do PIB), os serviços adicionaram R$ 2,113 trilhões à economia brasileira (57,51% do PIB) e os impostos sobre o produto adicionaram R$ 539,321 bilhões (14,68% do PIB). Pelo lado da demanda, no ano de 2010 a economia brasileira teve R$ 2,226 trilhões em consumo das famílias (60,57% do PIB), R$ 778,013 bilhões de consumo das administrações públicas (21,17% do PIB), os investimentos em formação bruta de capital fixo e em formação de estoques foi de R$ 707,413 bilhões (19,25% do PIB) e exportação menos importação de bens e serviços foi de -36,518 bilhões (-0,99% do PIB), ou seja, houve um déficit nas transações com o exterior.
Os números da economia brasileira foram bastante positivos no ano de 2010. Infelizmente, a nossa economia ainda não tem condições de suportar taxas de crescimento mais substanciais em razão das deficiências tanto em infra-estruturas (portos, aeroportos, estradas e meios de transportes em gerais) e na incapacidade das empresas em atender aumentos significativos na demanda. Com taxa de investimentos de apenas de apenas 18,4% do PIB, com a verificada no ano passado, fica difícil a nossa economia ser sólida o suficiente para poder resistir taxas maiores de crescimento sem que a inflação seja uma ameaça real. O mote deve ser: aumentar significativamente as nossas taxas de investimento.
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