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A produção agrícola e a preservação ambiental


Não resta nenhuma dúvida que devemos ter o máximo de cuidado com o ambiente em que vivemos, devemos cuidar muito bem, em todos os aspectos, da natureza que nos cerca e de quem tanto precisamos para vivermos bem e termos uma vida saudável e que as futuras gerações também possam ter a mesma oportunidade. Entretanto, para que podermos proteger a natureza é necessário que sejam realizados sacrifícios de ordem econômica? A agricultura deve ser penalizada em razão da proteção ambiental imposta pela legislação existente e que deve ser modificada pelo Congresso Nacional?

A verdade é que precisamos proteger o meio ambiente, mas ao mesmo tempo é preciso que seja encontrado um meio termo para a agricultura. O agricultor não pode desmatar florestas em áreas consideradas de preservação permanente como florestas que ficam nas encostas, várzeas, topo de morros, nascentes e matas que protegem as margens de córregos ou rios. Essas áreas são protegidas por lei e devem ser respeitadas. Entretanto, no caso das encostas e várzeas deve-se encontrar alternativas para que o agricultor possa conviver de forma harmônica com a produção, a preservação ambiental e a qualidade de vida. Sabe-se que existem técnicas para que essas áreas possam ser utilizadas sem nenhuma agressão à natureza. Nas áreas que margeiam os córregos e rios e em suas nascentes não se pode conceber qualquer tipo de atividade agrícola ou pecuária. Essas áreas devem ser preservadas ao máximo, se possível com indenização aos proprietários que tiverem uma parte razoável de suas terras atingida por esse tipo de terreno.

É necessário que a produção agrícola seja incentivada com o emprego de técnicas mais avançadas que agridam o mínimo ao meio ambiente e que sejam portadoras de alta produtividade elevando o rendimento médio desses batalhadores que são muito penalizados. É da agricultura que sai a maior parte de nossos alimentos que nos deixa satisfeitos e que matam a nossa fome todos os dias. Bilhões e bilhões de pessoas precisam se alimentar e é na agricultura que se produz alimento para toda essa gente.

Graças a técnicas apuradas não se pode admitir o modo de produção da agricultura praticada há cerca de 40 ou 50 anos. Naquela época, a agricultura é muito rudimentar e estava começando a se desenvolver muito devagar em algumas regiões do país e as pessoas e a sociedade como um todo não tinha consciência dos problemas ambientais causados em razão da prática de forma irresponsável da atividade agrícola. Hoje todos nós temos consciência da grave conseqüência para o meio ambiente e para a vida de todos de eventual irresponsabilidade de prática agrícola que esteja em desacordo com a legislação desde que a legislação esteja de acordo com a proteção ambiental plena e com a possibilidade de se praticar a agricultura sem agredir a natureza e com alta produtividade. A natureza, a agricultura e a sociedade merecem termos uma legislação que contemplem a coexistência da preservação e da produção.

Comentários

  1. Saudações!
    AMIGO FRANCISCO CASTRO
    Esse é mais um texto de grande relevância social que você nos apresenta. Eu concordo plenamente com os seus conceitos. Mas, o que se vê, é um manancial de teóricos, e o uso de artifícios em favorecimentos a determinados grupos, especialmente latifundiários que muito antes de uma lei ser publicada, fazer verdadeiros lobbys em suas defesas. E o pior, muitos parlamentares, sequer conheceram de fatos as regiões, com raras exceções, é claro. E quando o problema é a agricultura, se torna muito mais delicado, porque as áreas no Brasil são continentais, com regiões totalmente diferentes em suas realidades. Tome-se, por exemplo, a Amazônia, que desde os tempo imemoriais é habitada, milhares de cidadãos são posseiros, têm direitos adquiridos, e o que não é certo é elaborarem leis sem ouvi-los, e se os ouviram algumas vezes, foram os meros representantes sindicais que se encontram nas pequenas cidades, isto é, quando existe um sindicato, geralmente as sedes sindicais estão nas medias e grandes cidades, mas, o produtor rural, aquele que reside às margens dos rios, igarapés e lagos, não, esses não, e o pior, se forem aos municípios de fronteira do amazonas, descobrirão que nunca foram recenseados.
    A grande cartada do Brasil seria voltar suas ações ao seguimento agroecologico, investir em institutos sérios como INPA, na melhoria da produção de alimentos, cultivos sustentáveis, reaproveitamento das áreas queimadas, é possível sim, os cientistas, doutores, mestres e caboclos da região devem ter a base, a fórmula, acontece que não são ouvidos, e nisso vem esses entulhos de leis que com os anos se transformam em colcha de retalhos, resultado, o estado engessa, o homem do campo termina migrando para os grandes centros e as áreas se tornam degradadas. E quem paga a conta? Todos nós meu amigo. O que falta é aparecer um grande administrador público que revogue dezenas de impostos do pequeno, médio e grande agricultor, que implante um sistema de plena conscientização e educação lá na ponta onde está morando o agricultor, que eleja a agricultura como um patrimônio sustentável de todos os brasileiros e tenha a certeza que todos farão a sua parte.
    É isso o que penso meu amigo!
    Parabéns por mais um excelente Post!
    Abraços,
    LISON.

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  2. Amigo Francisco, acredito que todo tipo de preservação ambiental deva ser algo a ser considerado como essencial e primordial. As áreas de mananciais devem ser protegidas, e o agricultor deve ter seu espaço apropriado para poder cultivar a sua lavoura. O desenvolvimento sustentável está aí, mas muitas coisas ainda precisam ser reformuladas e repensadas. Parabéns pela excelente postagem. Abraços. Roniel.

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  3. caro Francisco, teoria até então, é muito fácil,pois o que se vê por aí são grandes extensões rurais sem sequer UM HECTARE de mata nativa, aí, quando um minifundiário faz qualquer coisa de errado, é severamente punido;Então é uma prova de que é só no ## do pequeno agricultor, pois este sim é punido.

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  4. Acredito que seria muito importante para o Brasil um apoio e proteção para a natureza, vamos incentivar a preservação e evitar que o novo código florestal seja aprovado.

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