
O nosso sistema previdenciário há vários anos vem apresentando déficits de forma recorrentes, transformando-se em um dos principais problemas do governo brasileiro. Sempre se busca novas soluções para melhorar a vida das pessoas, notadamente para as pessoas de mais idade. Como tratar o nosso sistema de aposentadoria de forma que ele se torne auto-sustentável? Qual é o valor médio dos benefícios?
A arrecadação da Previdência Social (PS) nos primeiros seis meses de 2009 teve um aumento de 5,4% em relação ao mesmo período de 2008. No período de janeiro a junho de
De janeiro de junho de 2009, foram concedidos 1.846.959 benefícios, sendo que 1.416.143 foram para a cidade e o restante, 430.813, para a zona rural. O valor médio dos benefícios é de R$ 704,00, sendo que para o setor urbano esse valor médio é de R$ 783, enquanto que para o setor rural é o valor do salário mínimo, R$ 465,00. O tempo médio para a obtenção de cada benefício é de 21 dias, relativamente rápido. Em junho de 2009 existiam 26.613.143 benefícios ativos, deste, 18.596.426 eram da área urbana e 8.017.274 pertencentes à área rural. Existem 620.439 benefícios com valor menor do que um salário mínimo, existem 17.791.821 benefícios cujo valor é exatamente igual a um salário mínimo, 7.909.463 ente um e cinco salários mínimos, 287.730 estão entre cinco e dez salários mínimos e 4.247 benefícios cujo valor é superior a dez salários mínimos.
Os beneficiários do RGPS correspondem a 87,17% do total dos beneficiários, sendo que 96,5% dos beneficiários do RGPS são aposentados e 3,5% são acidentários (Auxílio-acidente, Auxílio-doença, Aposentadorias por invalidez, etc.), 12,8% são beneficiários da Assistência Social (idosos, portador de deficiência, rendas mensais vitalícias por invalidez ou por idade) e 0,03% corresponde aos encargos previdenciários da União (pensão especial para anistiados, salário-família estatutário da REFFSA, etc.).
Pelos números apresentados acima, se tem uma noção do grande problema que é a previdência social no Brasil. Quando as pessoas completam certo período de trabalho começam a pensar na aposentadoria, iniciando os seus projetos fora da labuta, planejando a viver uma vida mais tranqüila em seu lar e com os familiares. Com os valores arrecadados pela Previdência, essa tranqüilidade não pode ser assegurada e são postos em dúvida a continuidade e a manutenção dos valores dos benefícios. Certamente, com o aumento da formalidade, forte diminuição na sonegação e aumento do nível de emprego levarão a uma diminuição do déficit previdenciário mas é de se ter em consideração que a idade média do povo brasileiro está aumentando lavando as pessoas ficarem mais tempo recebendo benefícios se não for alterada a idade mínima para se aposentar. Outra questão que sempre vem a tona é com relação aos reajustes dos aposentados com benefícios superiores a um salário mínimo. Como é sabido, o governo atual vem com uma política de aumento do salário mínimo bastante superior à inflação. Isso tem criado um conflito com os beneficiários com valores superiores ao piso. Caso o reajuste pretendido por esses beneficiários seja atendido, a previdência apresentará um déficit muito maior, criando-se um problema seriíssimo que poderá levar a inviabilidade do sistema tal com existe atualmente.
A nossa PS deveria ser levada mais a sério com perspectiva a longo prazo, dando a ela sustentabilidade, vigor e a garantia de que a pessoa que entra no sistema atualmente irá se aposentar quando chegar o seu tempo. Essa garantia pode ser dada com um método que faça com que o valor arrecadado seja igual ao valor pago, com o governo complementando muito eventualmente por circunstância como, por exemplo, uma forte recessão. Para isso é necessário que o nível de sonegação fique muito próximo de zero, elevação da formalidade no trabalho, incentivo á contribuição individual, aumento da idade mínima para se aposentar, manter o fator previdenciário e reajustes dos benefícios de acordo com a inflação do período entre as datas consideradas com data-base de reajustes. Essas medidas e outras que possam complementá-las certamente deixarão a nossa Previdência Social confiável.
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ResponderExcluirSolução?? Não!! A previdência terá é DIS-SOLUÇÃO pela frente. Quem sabe venha antes do fim do mundo de 2012...ou vá de uma vez para o espaço quando a NASA for para Marte.
ResponderExcluirQuem sabe?
Acho que quanto ao numero de aposentadoria diz que gera défict
ResponderExcluirledo engano o dinheiro que os aposentados e pencionista recebe
na realidade volta tudo na mão do
governo porque aposentado come e tem que gastar no supermercado,aposentado paga IPTU,IPVA,Licenciamento de veículo,
tudo isso retorna para o governo
realmente não entendo onde esta o prejuiso sendo que os aposentados também é um gerador de emprego.
No meu ver, ela não é o problema, o problema esta onde vai a arrecadação.
ResponderExcluirA paz
" uma diminuição do déficit previdenciário"
ResponderExcluirA verdade nua, crua e dura (rs) é que esse tão falado déficit simplesmente não existe.
O que há é uma brutal má gestão e um apadrinhamento político da previdência. Somente as dívidas acumuladas no estado do Rio de Janeiro são duas vezes superiores ao tal "déficit".
Por que isso? Muito simples: os principais devedores são prefeituras, bancos, multinacionais poderosas e empresas ligadas a políticos.
Simples assim.
O que falta é vergonha na cara.
Saudações!
ResponderExcluirAmigo Francisco
Excelente Post!
Sou muito sincero com o meu amigo, e, antecipadamente peço-lhe sinceras desculpas, mas, não acredito em solução...Nos próximos anos, será decretada o fim da previdência-, vão criar outro, com uma roupagem nova, e as catitas gulosas iniciam um novo ciclo de "atividades", adulterando balanços, desviando recursos dos velinhos e demais aposentados...Faz tempo, já estou fazendo a minha própria previdência.
Parabéns por mais um excelente texto!
Abraços,
LISON.
Francisco,
ResponderExcluirSe não considerarmos as fraudes governamentais e nos prendermos apenas aos números por você apresentados, a previdência social tem solução sim, se as empresas forem fiscalizadas. Como podemos considerar uma farmácia de grande porte como microempresa? Isso tem que ser revisto e fiscalizado. Quanto ao tempo de contribuição, penso diferente de você. Se nos aposentamos com 60/65 anos, damos lugar aos jovens desempregados que por sua vez, irão contribuir com os cofres do INSS. É um círculo que tem que ser mantido, mas, repito, fiscalizado.
Beijocas
Cris
Eu tenho pavor de estar nas mãos dela, tudo que contribui está lá, não tenho outra previdência (privada). Sempre ouço que está falida e que vai acabar... imagine que faltam poucos anos para eu me aposentar. É terrível!
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