Pular para o conteúdo principal

É possível o Brasil se tornar um país rico?


O desenvolvimento brasileiro é objeto de muitas controvérsias quanto a forma em que é implementado e os resultados obtidos. Algumas pessoas criticam o modo como o Brasil conduziu os seus projetos de desenvolvimento, criticam, principalmente a participação do Estado na economia nas ações para se obter taxas de crescimento razoáveis. Será que existiam ou existem meios melhores para que a nossa economia pudesse ter um alto nível de crescimento e desenvolvimento econômico e social?

O entendimento sobre qual é o significado de desenvolvimento incorpora diversos fatores tais como crescimento forte e sustentável da economia, transformação da estrutura econômica do país, progresso tecnológico e institucional, melhoria nas condições sociais e humanas e sustentação ambiental. O tipo de desenvolvimento vigente em nosso país até a década de 1970 era diferente do vigente nos países mais adiantados e que lograram êxito em termos de passarem para um novo patamar de qualidade de vida e riqueza de seu povo. O Brasil teve que seguir um caminho que era possível para vislumbrar algo que pudesse proporcionar uma mudança de país agrário para um país industrial. O grande problema era que até o início dos anos 1950 não existiam capitais suficientes para fazer frente às necessidades de investimentos que pudessem aumentar a nossa produtividade e riqueza a ponto de elevar significativamente o bem-estar da população.

A partir dos anos do governo JK tem-se uma nova fase de desenvolvimento em que o Estado e o capital estrangeiro tem uma participação extremamente importante. Com os governos militares até 1973 tem-se uma fase muito positiva para a nossa economia em que o Estado também teve ações fundamentais, principalmente com a atuação de empresas estatais, entretanto o capital estrangeiro continuou a participar de forma significativa em muitos projetos de investimentos. Nesse período, a nossa economia logrou crescer a taxas jamais vistas o que parecia levar a economia brasileira e o seu povo para um padrão de vida típica de países desenvolvidos. Esse sonho continuou no restante da década, com investimentos financiados tipicamente por financiamentos estrangeiros a taxas de juros flutuantes que quando na época dos empréstimos eram bastante baixas.

Foi exatamente nesse ponto em que a nossa economia começou a desandar. Com os vultosos empréstimos tomados para que desse continuidade às altas taxas de crescimento da economia ocorridas nos anos anteriores, ao final da década de 1970 o Brasil estava com uma dívida externa muito alta. Logo nos anos 1979 e 1980 com os problemas na economia mundial, os principais países aumentaram vertiginosamente as suas taxas de juros o que levou a nossa dívida explodir com juros muito altos. Então, teve-se aí o fim de um sonho, um sonho de se tornar um país rico. Os problemas derivados dessa dívida externa astronômica foram enormes o que culminou com duas décadas perdidas.

Atualmente, nossa economia está com condições bastante favoráveis para deslanchar um processo de crescimento sustentável porque temos um setor interno bastante forte, dinâmico e altamente competitivo. O consumo interno corresponde a 65% do PIB e o investimento a cerca de 18%. Existem muitas grandes empresas e conglomerados com capital brasileiro que podem empreender muitos investimentos, entretanto, para que tenhamos um desenvolvimento sustentado ainda é necessária a participação do Estado, seja com suas empresas estatais, criando infra-estrutura, formação mão de obra altamente qualificada (formação de capital humano), criando legislação que seja favorável ao investimento do setor privado e outras ações que levem a facilitar o bom andamento da economia. Desde a década de 1950 apenas cinco países passaram da posição de países pobres para ricos: Japão, Coréia do Sul, Cingapura e Israel. O Brasil juntamente com a China, a Índia e a Rússia possui condições de passa da eterna condições de país em desenvolvimento para país desenvolvido passando a proporcionar melhores condições de vida para o seu povo com melhores serviços de saúde pública, maior segurança para a sociedade, melhores oportunidades as pessoas e um elevado Índice de Desenvolvimento Humano para todos os brasileiros.



Comentários

  1. Amado Francisco, nosso país já é um país rico, pois desde a sua descoberta tem sido surripiado escandalozamente, e mesmo assim ainda apresenta todos os sinais de sua potência, o que é preciso é um governo muito mais atuande e honesto, com vontade e ideais de crescimento. Creio sim.
    A paz

    ResponderExcluir
  2. Saudações!
    Amigo Francisco!
    Que Texto Extraordinário!
    O seu texto é de uma linguaguem bem coloquial, registrando toda a história da economia brasileira. Uma abordagem elecanda nos altos e baixos desde a década de 30, com dados compactos e incontestáveis de fácil assimilação. Vamos torcer, amigo Fracisco, para que o Brasil consiga alcançar mais este degrau de progresso, saindo da posição de País em desenvolvimento para País desenvolvido, e, ao que tudo indica haveremos de conseguir hastear essa bandeira junto com os demais países ricos, uma vez qu, os brasileiros são cidadãos honrados e com certeza todos estão trabalhando para melhorias, resguardando a sustentabilidade do meio ambiente para futuras geraçãoes!
    Quero lhe parabenizar por mais este belo Post!
    Um abração,
    LISON.

    ResponderExcluir
  3. Amigo Francisco,

    Eu acredito nesse País,sabemos que todas as condições estão ai e agora,finalmente,contamos com um governo mais justo,sem entrar em questionamentos fúteis,esse governo enxergou que é possível sim,crescer e enxergar a pobreza,levando á ela um minimo sequer de dignidade,é passado o tempo em que só existiam duas classes sociais,ou era rico,ou era pobre e aos ricos,tudo,aos pobres,a lei.

    Temos hoje um cenario extremamente favoravel,os primeiros passos ja foram dados,então,vamos criar uma sociedade mais participativa,e certamente alcançaremos a evolução,criando um Pais mais justo.

    Um forte abraço,amigo.

    ResponderExcluir
  4. Talvez, um dia... quem sabe?
    Mas temos muito chão a percorrer até lá. Muitas coisas precisam ser mudadas. Conceitos antigos e preconceituosos precisam cair, e investimentos precisam ser feitos, não simplesmente para ganhar eleitores, mas porque é necessário.

    ResponderExcluir
  5. Eu acredito no potencial do Brasil se tornar um país rico. A sociedade cívil tem capacidade para isso. O povo brasileiro tem sido, ainda que insconcientemente, muito empreendedor, para sobreviver. Creio que num ambiente de igualdade de oportunidades, com base numa sociedade meritocrática o Brasil tem chances sim de chegar lá. Mas claro, não da noite pro dia e nem pagando toda essa carga tributária que pagamos hoje. Seria necessária uma reforma fiscal e eleitoral. Sou pelo voto distrital e não obrigatório... mas os detalhes destas reformas são assuntos pra um lungo artigo.

    Acredito que com bons administradores lá na frente o Brasil poderá sim, ser um país rico um dia. Já é bastante rico, mas quase a metade da riqueza produzida vai para os cofres ppúblicos e não volta para a população em forma de serviços como deveria.

    Abaixo este gov. privilegista e nepotista.

    Precisamos de um Brasil mais transparente e de um Estado menos esponjão e mais eficiente. Precisamos de mais liberdade economica e mais empreendedorismo inteligente.

    Veja estes dados:

    http://www.imil.org.br/indicadores/

    ResponderExcluir
  6. Uma das maiores dificuldades que vive o Brasil e, critico sempre em meus textos, é a exorbitante carga de impostos que nos faz um recordista de tributos, nos atrasando e impedindo de ir além, será que um dia isso muda?
    Abraços!
    Leonardo Siqueira
    www.reflexoescorporativas.wordpress.com

    ResponderExcluir
  7. A verdade é que o Brasil não conhece o Brasil. Acompanho noticias diariamente da aérea tecnológica e sei que que temos um capital humano invejável. Nosso povo é empreendedor e original, não esta preso as formas arcaicas de hierarquia rígida de empresas estrangeiras. Temos recursos minerais, terras cultiváveis e algo que logo valera mais que petróleo: agua. Parcerias entre universidades e empresas, que já existem,mas em escala pequena, devem ser ampliadas.Explorar nossas riquezas de maneira sustentável,e algo que a Coreia do sul fez e teve ótimos resultados: investimentos massivos em educação. Isso é para mim o mais urgente.Essa é minha modesta opinião, eu que nada sei, mas como dizia minha avó: " sabe mais o diabo por velho que por diabo"
    Parabéns pelo blog.
    Um abraço

    ResponderExcluir
  8. Claro que o Brasil não se pode tornar rico porque já é rico. Tomara a muitos dos que se dizem ricos terem uma pequena parte do que tem o Brasil. Acabar com pobres no Brasil é outra questão, isso é apenas uma questão política. Nos países mais ricos é onde há mais escravatura também. Porque os ricos gostam que se lhes lamba o traseiro e a fome não combina com orgulho.

    ResponderExcluir
  9. A riqueza de uma país não é somente a condição economica. Tem que se levar em consideração as riquezas naturais que estão sendo entregues aos países ricos. O que está acontecendo na amazonia; milhares de ong´s roubando nossas riquezes com o aval desse governo omisso. Comnenta-se que a reserva Raposo do Sol vai comercializar produtos, vegetais, minerais, radioisotopos, etc...sem passar pelo Cacex???

    Investiguem !

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Colunista do Globo diz que Bolsonaro tentará golpe violento em 7 de setembro. Alguém duvida?

Em sua coluna publicada neste sábado (11) no  jornal O Globo , Ascânio Seleme afirma que, "se as pesquisas continuarem mostrando que o crescimento de Lula se consolida, aumentando a possibilidade de vitória já no primeiro turno eleitoral, Jair Bolsonaro vai antecipar sua tentativa de golpe para o dia 7 de setembro".  I nscreva-se no Canal  Francisco Castro Política e Econom ia "Será uma nova setembrada, como a do ano passado, mas desta vez com mais violência e sem freios. Não tenha dúvida de que o presidente do Brasil vai incentivar a invasão do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral. De maneira mais clara e direta do que em 2021. Mas, desde já é bom que ele saiba que não vai dar certo. Pior. Além de errado, vai significar o fim de sua carreira política e muito provavelmente o seu encarceramento", afirmou Seleme.  O colunista lembrou que, "em 7 de setembro do ano passado, Bolsonaro chamou o ministro Alexandre de Moraes de canalha, disse que n...

A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO NO RENDIMENTO DO SALÁRIO

É indiscutível a importância do estudo para alavancar o rendimento e a produtividade do trabalho das pessoas, mas ainda não tínhamos uma medida exata para o mercado brasileiro da contribuição da educação para o rendimento do trabalho. No início de outubro deste ano, a Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro (FGV/RJ) publicou um trabalho em que são apresentadas informações relevantes a respeito da influência do estudo no rendimento do trabalho ou o retorno no investimento em capital humano. Existe uma diferença entre o capital humano geral caracterizado como o aprendizado no ensino fundamental, médio e superior e o capital humano específico que o indivíduo adquire através de sua experiência profissional e cursos específicos. O último é perdido, ao menos em parte, quando o indivíduo passa a exercer outra atividade bem diferente da que exercia, enquanto que o primeiro tipo de capital humano só é perdido com a morte do indivíduo. Em analisando pessoas do mesmo sexo, raça, idade e localid...

Veja em que trabalha e quanto ganha a filha da presidente Dilma Rousseff

Paula Rousseff desfila com Dilma na cerimônia de posse do segundo mandato em 1º de janeiro Marcelo Camargo/Agência Brasil Casada, 39 anos, mãe e procuradora do trabalho no Rio Grande do Sul. Essa é Paula Rousseff Araújo, que, como o sobrenome famoso já entrega, é filha da presidente Dilma Rousseff. Ela é discreta, evita se expor publicamente e, em geral, só é vista em algumas solenidades oficiais da mãe, como no primeiro dia do ano, quando desfilou em carro aberto com Dilma na cerimônia de posse do segundo mandato da presidente. Paula Rousseff entrou no MPT (Ministério Público do Trabalho) do Rio Grande do Sul em 2003 por meio de concurso público. Atualmente, recebe salário de R$ 25.260,20 e exerce a função em Porto Alegre. Funcionários do MPT evitam dar detalhes sobre o comportamento da colega de trabalho, muito menos se atrevem a confirmar se a filha herdou o comportamento linha dura conhecido da mãe. “Ela tem fama de ser uma procuradora muito comp...