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A força do descontrole no momento das compras

Cada um de nós tem vontade de comprar determinadas coisas ou objetos que possam satisfazer os nossos desejos, entretanto, muitas pessoas possuem desejos de comprar simplesmente por comprar sem que a propriedade desse produto ou objeto esteja vinculada a nenhuma utilidade para essa mesma pessoa. Por que será que essas pessoas compram simplesmente por comprar? Por que muitas pessoas quanto mais ganham mais devem? Por que essas pessoas não sabem como controlar os seus gastos?


Ao fazer essas perguntas para pessoas que compram as coisas por impulso, sem controle, é muito provável que não consigam respondê-las, entretanto, existe um novo campo de estudo, a neuroeconomia, que por meio de pesquisas tenta responder de forma convincentes a todas esses questionamentos. Esse novo ramo de pesquisa é composto da economia, da psicologia e da neurologia, utilizando as ferramentas próprias dessas ciências, deseja-se chegar a resultados que possam explicar o comportamento de pessoas que gastam por impulso e orientá-las a não cair nesses erros. Nesta semana, a Revista Isto É tem uma matéria bastante interessante que trata exatamente desse tema. A revista ouviu diversos especialistas no assunto que deixaram várias orientações a respeito de como as pessoas em geral devem se comportar na hora de comprar, de investir e de vender. É bom seguí-las para que não possamos cair na situação em que gastamos muito mais do que podemos e para que não compremos coisas que não precisamos.


Aqui vão algumas dicas na hora de comprar: ao ir uma loja comprar um presente para alguma pessoa, deixe os seus cartões em casa, isso evita da pessoa por impulso comprar alguma coisa para si própria; antes de comprar analisar qual será a utilidade e felicidade que a posse do produto lhe trará ao longo do tempo, se for por apenas um espaço de tempo desista da compra; ao ir ao supermercado, faça uma lista que precisa comprar e lanche, almoce o u jante (conforme o horário) antes de sair de casa; analise friamente os produtos quanto a preços, durabilidade, qualidade e a sua importância para o seu cotidiano. Na hora de investir, os especialistas recomendam que preze sempre pela racionalidade e observe as possibilidades daqui para frente, não o que ocorreu no passado; faça uma análise geral, não analise as possibilidades apenas superficialmente, as oportunidades podem está em qualquer lugar, inclusive onde não se analisou a possibilidade de investir; Nunca ouça a opinião de apenas um especialista, é sempre importante ter mais de ima fonte de informação e formação; nunca coloque todo seu patrimônio numa aplicação, os investimentos não devem contemplar verbas que são utilizadas para o sustento da família; quando observar alguma aplicação que oferece ganhos muito altos, desconfie, pode ser uma grande possibilidade de perdas muito altas; nunca realize investimentos por impulso, sempre analise muito bem antes de realizar qualquer tipo de aplicação. Se possuir algum objeto que não lhe dá mais retorno, venda-o e compre outro que lhe possa proporcionar ganhos, o mesmo refere-se a qualquer tipo de aplicação, se o retorno estiver baixo, passe para outra aplicação que lhe possa assegurar retorno maior.


Sabemos que existe muito desperdício nas compras de diversas pessoas, são pessoas que compram 12, 15 ou 20 pares de calçados, essa quantidade toda, certamente, não é necessária para atender as necessidades de uma pessoa ficar bem calçada. Outras pessoas possuem várias dezenas de muda de roupas, quando o necessário seria somente talvez um quarto disso. Existem muitos outros exemplos de desperdícios nas comparas das pessoas que compram simplesmente por comprar que as leva a ter como resultado uma péssima saúde financeira que em alguns casos pode até levar a doenças físicas ou psicológicas sérias. Nunca devemos gastar mais do que ganhamos, ao fazermos isso estaremos incorrendo em déficits que por sua vez levará a ter que pagar juros cada vez mais altos, criando-se uma bola de neve que poderá ficar fora de controle. Assim, é muito importante que sejamos prudentes e racionais ao realizarmos as nossas compras.

Comentários

  1. Francisco ,ótima materia faz um tempinho que parei de comprar resolvi pagar as dividas e foi ai que descobri que tinha muitas mas ao menos sai do vermelho.

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  2. Francisco,

    Educação financeira é um tema que falta às grades curriculares. O exemplo americano está ai para nos ajudar a aprimorar nossa sociedade. O norte-americano tornou-se prisioneiro de uma tirania do endividamento contínuo e em uma espécie de vício pelo crédito...bum! Deu no que deu.
    Mas, o problema é antigo, já a Princesa Leopoldina deixou dívidas não conhecidas por Dom Pedro, face à compra compulsiva de joias e roupas, além da capacidade de pagamento do imperador. O que temos de novo é a oportunidade de jogar luzes, conhecimento, informação, aproveitando o problema americano como oportunidade para colocar o assunto no centro das atenções.
    Empréstimo Consignado para aposentados e funcionários públicos criou aqui uma bomba relógio... cujos ponteiros estão marcando o tempo e a hora...
    Sabemos que muitos ganharam dinheiro com esta política pública e também sabemos quem irá perder: individualmente quem se tornou prisioneiro das dívidas e coletivamente a sociedade brasileira como um todo.
    Um forte abraço,

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  3. Olá!

    Ismaelita, você fez muito bem em pagar suas dívidas e passar a comptar as coisas com mais critério. As dívidas quando são feitas para realizar algum investimento que irá render algum lucro no futuro ou por alguma necessidade inadiável, tudo bem, mas quando é gerada simplemente para satisfazer o desejo de comprar por comprar não se pode admitir.

    Amigo Nacir, você tratou em pontos que são fundamentais e que são muito caros para a economia: pessoas que compram simplesmente porque tem a facilidade de comprar sem se importar da real necessidade do produto da compra. Facilidades como os empréstimos consignados para aposentados e funcionários públicos (principalmente os de salários mais baixos)e as facilidades empréstimos a pessoas que não tem capacidade de pagar (como no caso dos subprimes norte-americanos) proporcionaram aos tomadores desses empréstimos uma capacidade de comprar muito superior a real capacidade dessas pessoas levando-as a comprar muitas coisas que de fato não lhe serão plenamente úteis, ou seja, levando-as a desperdiçar dinheiro.

    Abraços

    Francisco Castro

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  4. Òtimo post, eu sou uma descontrolada econômica,mas sei até porque, isso é muito ruim.

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  5. Olá Francisco!
    Desculpe a demora...
    Adorei o comentário no blog.
    Obrigada!
    Abraços,

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  6. Olá Francisco!
    Realmente comprar por impulso é terrível... é assim como comer... Delicioso, fantástico, nos sentimos nas nuvens! Só que depois as consequências são realmente desastrosas... Aí, que pena, né?
    Rsrsrs...
    Parabéns por sua materia! Gostei muito!

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  7. Oi. Vim até você para lhe convidar a ir até o meu ver o trabalho da minha amiga professora a artista, tem umas fotos legais lá acho que vc vai adorar ver o metodo dela ensinar a seus alunos...
    Desculpe incomodá-lo...bjos

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